quarta-feira, 18 de agosto de 2010

apostila de geografia

O relevo corresponde ao conjunto de formação apresentadas pela litosfera. Essas formas são definidas pela estrutura geológica combinada com as ações da dinâmica interna e externa da Terra. A estrutura geológica diz respeito ao tipo de rocha — magmática, sedimentar ou metamórfica –, bem como à idade que elas apresentam — mais antigas ou mais recentes. As características tais rochas condicionam a ação dos fatores modificadores do relevo os chamados agentes de erosão.
Fatores do relevo
Os fatores internos são responsáveis pela elevação ou rebaixamento da superfície da crosta terrestre os fatores externos, por sua vez, causam modificações nessa superfície.
• Internos: tectonismo, vulcanismo e abalos sísmicos;
• Externos: intemperismos, águas correntes, vento, mar, gelo, seres vivos, entre outros.
Fatores internos: as pressões do magma
Os fatores internos do relevo têm sua origem nas pressões que o magma exerce sobre a crosta terrestre. Essas pressões podem provocar vulcanismo e outros fenômenos chamados tectônicos, como a formação de dobras e fraturas e a criação montanhas.
O Relevo Brasileiro

Classificações
O relevo do Brasil tem formação antiga e atualmente existem várias classificações para o mesmo. Entre elas, destacam-se as dos seguintes professores:

• Aroldo de Azevedo - esta classificação data de 1940, sendo a mais tradicional. Ela considera principalmente o nível altimétrico para determinar o que é um planalto ou uma planície.

• Aziz Nacib Ab'Saber - criada em 1958, esta classificação despreza o nível altimétrico, priorizando os processos geomorfológicos, ou seja, a erosão e a sedimentação. Assim, o professor considera planalto como uma superfície na qual predomina o processo de desgaste, enquanto planície é considerada uma área de sedimentação.

• Jurandyr Ross - é a classificação mais recente, criada em 1995. Baseia-se no projeto Radambrasil, um levantamento feito entre 1970 e 1985, onde foram tiradas fotos aéreas da superfície do território brasileiro, por meio de um sofisticado radar. Jurandyr também utiliza os processos geomorfológicos para elaborar sua classificação, destacando três formas principais de relevo:
1) Planaltos
2) Planícies
3) Depressões
Segundo essa classificação, planalto é uma superfície irregular, com altitude acima de 300 metros e produto de erosão. Planície é uma área plana, formada pelo acúmulo recente de sedimentos. Por fim, depressão é uma superfície entre 100 e 500 metros de altitude, com inclinação suave, mais plana que o planalto e formada por processo de erosão. A figura a seguir mostra essa representação do relevo brasileiro.

Veja a seguir outro mapa que representa o relevo brasileiro, mostrando algumas das regiões mais conhecidas do mesmo.



Pontos mais altos

Os relevos brasileiros caracterizam-se por baixas altitudes. Isso acontece devido ao Brasil estar situado sobre uma grande placa tectônica que não se choca com outras placas, dando origem aos chamados dobramentos modernos, resultantes do movimento de colisão entre placas, onde uma empurra a outra. Os pontos mais altos do relevo brasileiro são o Pico da Neblina e o de Pico 31 de Março. Confira a seguir a lista dos maiores picos brasileiros, assim como sua localização e altitude.

Pico Serra Altitude (m)
Neblina Imeri (AM) 3.014
31 de Março Imeri (AM) 2.992
Bandeira Caparaó (ES/MG) 2.890
Roraima Pacaraima (RR) 2.875
Cruzeiro Caparaó (ES) 2.861
VEGETAÇÃO BRASILEIRA
Floresta Equatorial Amazônica

A Floresta Equatorial Amazônica é densa, latifoliada, higrófila, perene e está dividida em caa-igapó, mata de várzea e caa-etê.

Caa-igapó – trecho da floresta sempre alagado, onde se desenvolve a vitória-régia. Mata de várzea – parte da floresta sujeita a inundações periódicas, onde encontramos a seringueira.

Mata de terra firme ou caa-etê – sempre livre das inundações, ocupa a maior extensão, sendo rica em formações como o castanheiro, o cacaueiro, o caucho e outros.

Nesse domínio, a Bacia Amazônica tem grande importância, com rios de águas brancas e de águas pretas, com alta piscosidade e elevada atividade pesqueira, além do aproveitamento energético.

Caatinga
A caatinga, vegetação típica de clima semi-árido, é formada por cactáceas, bromeliáceas e árvores, destacando-se pelo extrativismo de fibras vegetais, como o caroá, a piaçava e o sisal.

No domínio da caatinga, aparecem os inselbergs, ou morros residuais, resultantes do processo de pediplanação em clima semi-árido.
Cerrado
O cerrado constitui uma vegetação arbustiva, com troncos retorcidos e recobertos de casca grossa, tendo-se transformado, desde 1975, na nova fronteira agrícola do Brasil com o programa Polocentro.

É domínio típico do clima tropical semi-úmido do Planalto Central. Os solos são pobres e ácidos, mas, com o método de calagem (adição de calcário ao solo), estão sendo aproveitados.

Mata dos Pinhais
A Mata dos Pinhais ou de Araucária é subtropical, homogênea, aciculifoliada, com grande aproveitamento de madeira e erva-mate.

Ocupa as médias altitudes do Planalto Meridional (800 a 1.300 metros). A ocupação humana tem sido intensa nesse domínio, restando menos de 20% dessa floresta.
pradarias
O domínio das pradarias corresponde ao Pampa, ou Campanha Gaúcha, onde o relevo baixo e ondulado das coxilhas é coberto por vegetação herbácea (campos). A ocupação econômica nesse domínio tem-se efetuado pela pecuária extensiva e pela rizicultura irrigada.
Mata dos Cocais
A Mata dos Cocais ou Babaçuais é uma vegetação de transição no Maranhão, Piauí e norte de Tocantins, destacando-se o aproveitamento do coquinho babaçu. O babaçu é um grande recurso natural regional, pois de sua semente extrai-se um óleo de grande aplicação industrial em (alimentos, cosméticos, sabão, aparelhos de alta precisão).
Mata Atlântica
A Mata Atlântica ou floresta latifoliada tropical úmida de encosta ocupa as escarpas dos planaltos voltadas para o oceano. Essa floresta sofreu grandes devastações: no Nordeste, devido à agroindústria da cana-de-açúcar e do cacau; no Sudeste, em decorrência da expansão urbana, industrial, agrícola e até da poluição. Essa devastação tem aumentado o problema da erosão dos solos, causando desde a formação de voçorocas e freqüentes deslizamentos até o assoreamento dos rios.







Entendendo o clima

O extenso território brasileiro, a diversidade de formas de relevo, a altitude e dinâmica das correntes e massas de ar, possibilitam uma grande diversidade de climas no Brasil. Atravessado na região norte pela Linha do Equador e ao sul pelo Trópico de Capricórnio, o Brasil está situado, na maior parte do território, nas zonas de latitudes baixas -chamadas de zona intertropical- nas quais prevalecem os climas quentes e úmidos, com temperaturas médias em torno de 20 ºC.
A amplitude térmica - diferenças entre as temperaturas mínimas e máximas no decorrer do ano - é baixa, em outras palavras: a variação de temperatura no território brasileiro é pequena.
Os tipos de clima do Brasil

Para classificar um clima, devemos considerar a temperatura, a umidade, as massas de ar, a pressão atmosférica, correntes marítimas e ventos, entre muitas outras características. A classificação mais utilizada para os diferentes tipos de clima do Brasil assemelha-se a criada pelo estudioso Arthur Strahler, que se baseia na origem, natureza e movimentação das correntes e massas de ar.
De acordo com essa classificação, os tipos de clima do Brasil são os seguintes:
• Clima Subtropical: presente na região sul dos estados de São Paulo e Mato Grosso do Sul, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Caracteriza-se por verões quentes e úmidos e invernos frios e secos. Chove muito nos meses de novembro à março. O índice pluviométrico anual é de, aproximadamente, 2000 mm. As temperaturas médias ficam em torno de 20º C. Recebe influência, principalmente no inverno, das massas de ar frias vindas da Antártida.
• Clima Semi-árido: presente, principalmente, no sertão nordestino, caracteriza-se pela baixa umidade e pouquíssima quantidade de chuvas. As temperaturas são altas durante quase todo o ano.
• Clima Equatorial: encontra-se na região da Amazônia. As temperaturas são elevadas durante quase todo o ano. Chuvas em grande quantidade, com índice pluviométrico acima de 2500 mm anuais.
• Clima Tropical: temperaturas elevadas (média anual por volta de 20°C), presença de umidade e índice de chuvas de médio a elevado.
• Clima Tropical de altitude: ocorre principalmente nas regiões serranas do Espirito Santo, Rio de Janeiro e Serra da Mantiqueira. As temperatura médias variam de 15 a 21º C. As chuvas de verão são intensas e no inverno sofre a influência das massas de ar frias vindas pela Oceano Atlântico. Pode apresentar geadas no inverno.
• Clima Tropical Atlântico (tropical úmido): presente, principalmente, nas regiões litorâneas do Sudeste, apresenta grande influência da umidade vinda do Oceano Atlântico. As temperaturas são elevadas no verão (podendo atingir até 40°C) e amenas no inverno (média de 20º C). Em função da umidade trazida pelo oceano, costuma chover muito nestas áreas.
Curiosidades:
- A ciência que estuda o clima e o tempo é o ramo da Geografia conhecido como climatologia.
- As mudanças climáticas têm provado, na atualidade, o derretimento das calotas polares e a intensificação do processo de desertificação.
Formação do povo brasileiro
Objetivos
Reconhecer as diversas identidades que ajudaram a compor a cultura do povo brasileiro;
Identificar, comparar e desenvolver noções de permanência e mudança nos traços culturais existentes entre os povos;
Valorizar a pluralidade do patrimônio sociocultural brasileiro;
Perceber e relacionar a importância do trabalho de pesquisa e da memória na construção do conhecimento histórico e geográfico.

Conteúdos específicos
História da imigração no Brasil;
Memória histórica na formação do povo brasileiro – traços culturais.

Ano
4º e 5º anos

Tempo Estimado
Três meses

Material necessário
Recortes dos filmes “O Quatrilho” e “Gaijin – Caminhos da Liberdade”
Recortes da minissérie “Haru e Natsu" (lançamento em DVD)
Primeiros capítulos das novelas “Os imigrantes” e “Terra Nostra”
Cartolina
Mapa-múndi
Livros e sites sobre imigração

Desenvolvimento das atividades
1ª etapa
Faça uma sondagem sobre a imigração no Brasil para verificar o que os alunos sabem a respeito do tema.

2ª etapa
Monte um cartaz sobre a discussão da aula anterior com duas colunas: o que os alunos sabem e o que gostariam de saber. Assim, você saberá por onde iniciar seu trabalho.

3ª etapa
Mostre trechos de alguns filmes, minisséries e novelas que abordem a imigração para o Brasil e discuta sobre o tema com os alunos.
Por terem origens variadas, as crianças poderão trazer de sua bagagem cultural um pouco da realidade desses imigrantes. É interessante valorizar essa informação e dar espaço a todos para que se manifestem sobre seus antepassados.

4ª etapa
Para estudantes de São Paulo, organize uma visita ao Memorial do Imigrante, no bairro da Mooca. Essa visita é monitorada e os alunos conhecem um pouco da história dos imigrantes: quando vieram para o Brasil, de onde, as causas da imigração, como chegavam à hospedaria (onde atualmente funciona o Memorial), o que ela oferecia a eles, quanto tempo permaneciam ali até conseguirem um trabalho e o dia-a-dia nas lavouras de café e nas cidades.
Vale a pena o passeio na Maria Fumaça, que fazia o transporte do porto de Santos até a hospedaria.
Ainda em São Paulo, existe também o Museu Histórico da Imigração Japonesa, no bairro da Liberdade, que possui um grande acervo de fotos, documentos, objetos, lembranças e curiosidades sobre a vinda dos japoneses ao Brasil.
Para quem estiver fora de São Paulo, a sugestão é a visita a museus, memoriais, templos religiosos, parques ou outros lugares nos quais os alunos possam observar as marcas da imigração naquele local.
Em Curitiba, há o Memorial da Imigração Polonesa, instalado nas clareiras do Bosque João Paulo II, que reconstitui o ambiente em que viveram os imigrantes poloneses que chegaram a Curitiba por volta de 1871; suas lutas, crenças e tradições.
Em Santos, no litoral de São Paulo, há o Museu do Café, que conta a história do café, um dos principais produtos da agricultura brasileira, e dos trabalhadores das lavouras cafeeiras.

5ª etapa
Proponha aos alunos que façam um relatório individual sobre o local que visitaram e que troquem suas aprendizagens com os colegas, apresentando seus relatos, tirando dúvidas e acrescentando informações.
Volte ao cartaz feito na 2ª aula, no qual as crianças poderão observar se o que sabiam estava correto e se estão aptas a responder às perguntas ali colocadas. Proponha a confecção de outro cartaz, agora com as informações obtidas no trabalho, e afixe-o no mural da classe.

6ª etapa
Proponha aos alunos que pesquisem mais informações sobre a vida dos imigrantes na sala de informática da escola, se houver. Como alternativa, poderão pesquisar em livros sobre a imigração na biblioteca da escola ou em livros que você leve para a classe de sua coleção particular.

É importante que o trabalho de pesquisa seja orientado por um roteiro. Nele, deve constar a data de chegada dos imigrantes ao Brasil, os países de origem e a localização, os motivos da emigração, o trabalho na lavoura e nas cidades (indústria e comércio), as transformações nas cidades, bem como o crescimento populacional e a influência cultural desses povos.

7ª etapa
Reúna todas as informações na sala de aula e abra uma roda de trocas e discussões.

8º etapa
Proponha aos alunos a produção de um texto coletivo sobre os conhecimentos adquiridos durante a atividade.
Monte uma tabela das ascendências dos alunos e todos poderão conhecer um pouco sobre suas origens e os traços cultuais que marcam a história do povo brasileiro.
VALORIZAÇÃO DO TRABALHO PELO POVO BRASILEIRO
Desde há muito tempo a humanidade tem como um de seus preceitos o valor social do trabalho. Você pode observar que existem muitos ditados populares que se referem à valorização do trabalho, por exemplo: "Deus ajuda a quem cedo madruga", "Não dê o peixe, ensine a pescar", "Do suor do teu rosto comerás o teu pão" (esta última está na Bíblia); e eles não necessariamente têm a ver com o capitalismo, porque os outros modos de produção mantêm este valor. A diferença está na ponderação e na função social do trabalho:

" (...) Enquanto no capitalismo o trabalho é livremente comercializado, enquanto mercadoria, na sociedade comunista, com a socialização dos meios de produção, o trabalho deixaria de ser um aspecto negativo e passaria a ser positivo, isto é, o trabalho seria a afirmação do prazer, dado a abundância de produtos e o desenvolvimento da produtividade do trabalho, que faria com que pudéssemos trabalhar cada vez menos, com processos de mecanização e controle racional, levando em consideração a questão da natureza." (Trecho retirado de um artigo na Wikipédia; vide fontes)

No Brasil, o trabalho tem uma forte conotação de caminho rumo à dignidade humana no meio social. Apesar de não necessariamente estas duas coisas estarem vinculadas, mas boa parte do povo acredita que o crescimento e a dignidade da pessoa só se alcançam com o labor.
O trabalho é juridicamente tratado como um direito de todos e fundamento do Estado Democrático de Direito. Veja o que diz a Constituição Federal de 1988:

"Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos:
(...)
IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa;"

"Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
(...)
XIII - é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações profissionais que a lei estabelecer"

Você bem pode ver, portanto, que a liberdade é a regra no que tange às formas de trabalho. Em outras palavras, você pode inventar o serviço que quiser, desde que não viole a lei e a segurança pública.

Outra manifestação jurídica do valor do trabalho é a obrigação dos presos em trabalharem nos presídios em serviços adequados a suas habilidades pessoais. Veja o art. 34 do Código Penal:

"Art. 34 - O condenado será submetido, no início do cumprimento da pena, a exame criminológico de classificação para individualização da execução.
§ 1º - O condenado fica sujeito a trabalho no período diurno e a isolamento durante o repouso noturno.
§ 2º - O trabalho será em comum dentro do estabelecimento, na conformidade das aptidões ou ocupações anteriores do condenado, desde que compatíveis com a execução da pena.
§ 3º - O trabalho externo é admissível, no regime fechado, em serviços ou obras públicas."

Um comentário:

  1. sp 13/10/10
    prof Antônio muito obrigado pelos doces que ga-
    nhei do dia das crianças,Deus o abençoe pelo s-
    eu Carinho
    Abiaço do seu aluno.Ryan r. de Souza

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